Recuperar o "tempo perdido"é o mote de O homem do futuro


Olá amigos do Claquete dez...

Estive ávida por voltar a esse nosso espaço da blogosfera. Para (re)começar essa nova fase, trago um filme que, de forma cômica, nos faz rever e nos sensibilizar ante a nossa história pessoal, com seus erros, dores, alegrias e acertos. Nela, aposta-se na seguinte questão: voltar no tempo para consertar o que não nos satisfez, nos livrar das dores de amor, evitar algum arrependimento ou fazer algo que, por medo ou insegurança, deixamos de fazer. Quem de nós, ao menos uma vez na vida, não pensou nisso?
No filme-post em questão, O homem do futuro (2011), essa é a pergunta subjacente. E tudo, evidentemente, por conta “das coisas feitas pelo coração”, como dizia Renato Russo.
Fui assistir ao filme, confesso, motivada pela participação do meu ator favorito, Wagner Moura. Mas despretensiosamente, e por (várias) outras razões, essa história ganhou meu apreço. Dirigido por Cláudio Torres, o filme conta a história do cientista Beto, vulgo Zero (Wagner Moura), que, na juventude, era um cara gago e nerd que cursa a faculdade de Física. Como em toda a história romântica que se preze, o garoto nada popular se apaixona pela menina mais bonita da classe, Helena (Alinne Moraes). E é justamente a suposta “traição” de sua amada na festa de final de ano da faculdade e um humilhante incidente que motivam cada ação de Zero (apelido ganho na noite fatídica) nos 20 anos seguintes.
Frustrado e disposto a fazer qualquer coisa para construir um futuro novo com Helena, ele constrói uma máquina para voltar ao passado a partir do projeto comandado Sandra (Maria Luisa Mendonça), colega de faculdade e amiga de longa data, mas que já não aguenta as maluquices de Zero.
Motivado pela paixão e mais do que disposto para mudar as coisas, Zero volta ao passado. De volta ao ano de 1991, ele “desembarca” na noite da festa, onde, ao som de “Tempo perdido”, do Legião Urbana, consegue mudar as coisas. Até então, mete-se em encrencas hilárias, faz as vezes de adivinho, em um bar onde todos assistem futebol e depara-se com o Zero sonhador e apaixonado que um dia foi.
Porém, tudo seria muito fácil se não fosse a reviravolta causada por essa mudança no passado, a qual tem conseqüências impensáveis no futuro do sonhador Zero. De nerd a canalha, vestido de múmia, príncipe e astronauta, ele descobre que mesmo as experiências dolorosas nos constituem e nos ajudam a quem sabe, tornar o futuro melhor, sabendo viver.
Saí do cinema com a sensação de que há coisas que, irremediavelmente, pensava em mudar. Mas que os erros e acertos é que fazem a gente ser o que e a vida valer a pena. O final? Esse deixo pra você, amigo seguidor, assistir. Terá Zero conseguido reconquistar Helena? A trilha sonora mexe com a gente e, pra quem foi adolescente nos idos de 1991, é referência musical obrigatória. Legião, eternamente.
Esse post com sabor de de já vú dedico a todos que, nos momentos bons e ruins, tristes e venturosos, sempre estiveram presentes de uma forma ou de outra: família, amigos, amores e, sobretudo, à pessoa que fui.


De modo carinhoso, dedico a Dê, André (amigão de loonga data), Clau, Guto e Caetano, Be e Maitê, pessoas mais do que especiais pra mim. Esse post é de vocês.

Luz, câmera, LIÇÃO!

Lembranças da infância: The Goonies





Olá amigos do Claquete dez...

O filme-post de hoje representa uma volta à minha infância. Numa conversa com um amigo, na última semana, falávamos sobre coisas que nos remetiam aos anos 80. Dentre elas, o filme Os Goonies (The Goonies, 1985). Escrito por ninguém menos que Steven Spielberg e Chris Columbus, dois grandes nomes do cinema, e dirigido por Richard Donner, era o favorito de minha irmã. Na produção, atores que se consagraram posteriormente, como Corey Feldman, eram todos pré-adolescentes.
A história se passa num dia chuvoso que tinha tudo pra ser chato. Porém, não é o que acontece. É nesse dia que os amigos Mickey, Data, Chunk e Mouth encontram um mapa de tesouro pertencente a um tal pirata chamado "Willy, o caolho", no sótão da casa de Mickey. Decidem então partir para uma caça ao tesouro, à qual se juntam o irmão mais velho de Mickey, Brand, sua namorada Andy e uma amiga, Stef.
A partir disso, uma divertida aventura se inicia, cheia de perigos, cavernas que são verdadeiros labirintos, quedas d'água, uma perigosa família italiana e um "monstro" que, de monstruosa, só tem mesmo a aparência. O pote de ouro no fim do arco-íris é o navio de Willy, o caolho, abarrotado de ouro.
Mas esse, amigo seguidor, não é o maior tesouro do filme. A união, a amizade entre os garotos e o delicioso ritmo da história é que realmente valem. Não é à toa que Os Goonies é um dos melhores filmes da época em que foi lançado. Um tempo em que éramos mais incentivados, pela mídia, a ser crianças, pensar e querer coisas próprias para nossa idade. Hoje, é bem diferente, mas isso são cenas para um outro capítulo...
Isso sem falar na excelente trilha sonora, cantada pela maravilhosa Cindy Lauper. Confira algumas cenas no link:




http://www.youtube.com/watch?v=SC4soFjUjOc

Enfim, um filme pra se ter em casa e rever sempre!




O abraço especial do Claquete dez, hoje, vai para os queridos amigos Agatha e Fernando, Be, Dê, Clau, Guto, Caetano e Maitê.

Luz, câmera, DIVERSÃO!

O amor e a superação das diferenças dão a letra em Pequena Miss Sunshine





O que somos capazes de fazer para que alguém que amamos concretize um sonho?

É com essa pergunta, amigo seguidor, que inicio esse post nessa nova fase do Claquete Dez. Essa questão tudo tem a ver com o filme-post de hoje, Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, 2006). Além de ser uma maravilhosa história, conta com um elenco excelente, com incrível sintonia em cena.



A produção conta com dois diretores (Jonathan Dayton e Valerie Faris), e mostra, de forma sensível e realista, o cotidiano e, com ele, as dificuldades vividas pela família Hoover. O pai, Richard (Greg Kinnear) é um consultor que, apesar dos fracassos vividos, quer se tornar um grande nome da autoajuda. A mãe, Sheryl (Toni Collete), se vira para segurar a barra da família, no trabalho e, sobretudo, em casa, onde "o tempo fecha" com frequência.




O filho mais velho, Dwayne, fez voto de silêncio até ser aprovado para atuar nas Forças Armadas, seu objetivo. O irmão de Sheryl, o professor universitário Frank (Steve Carell, numa ótima atuação dramática), após tentar o suicídio, vai passar um tempo com a complicada família da irmã. Para completar a parada, o avô, Edwin, totalmente born to be wild, foi expulso do asilo por usar drogas.



Em meio a isso tudo, a pequena Olive (a fofa Abigail Breslin), convive bem com todos. E é justamente ela que recebe um telefonema que, de modo inusitado, une a família em torno de seu sonho de menina. Ela recebe a notícia de que terá três dias para chegar a Los Angeles para concorrer ao concurso de beleza infantil Pequena Miss Sunshine.



Após brigas e muitas trapalhadas, os Hoover embarcam em sua velha Kombi e levam Olivia ao concurso. O caminho até lá, além da distância física desafiadora, revela também a distância existente entre cada um naquele carro. A convivência forçada os faz refletir, brigar, se reconciliar, rever posturas.


Richard, que com sua vontade de ter sucesso, não admite que a filha perca, e começa a repensar o que é realmente vencer. Dwayne, com seu voto, comunica não-verbalmente seu carinho à irmã, apostando em seu sonho. Sheryl, como sempre, contém conflitos e congrega interesses. Edwin, longe de apenas se entorpecer, demonstra o carinho pela neta da melhor forma que pode, ensaiando com ela uma coreografia e tanto. Frank, a seu turno, aprende a se aceitar.




Cada um, a seu modo, faz a sua parte para que Olive chegue ao seu destino. Pelo caminho, evidentemente, muitas risadas, problemas automobilísticos, barracos por tudo e por nada, perrengues os mais diversos, uma morte e, quem sabe, a redescoberta da vida.

O final, assim como a trilha sonora, nos surpreende. A cada cena, em que rimos e choramos, nos identificamos com aquela família. A grande lição, amigo seguidor, é essa. Cada um de nós é capaz de mudar o mundo, o mundo de alguém, especialmente se esse alguém for parte importante de que (quem) temos de mais precioso na vida.




Eu e você somos capazes de, pelos pequenos e grandes gestos, fazer alguém mais feliz. Que a gente se lembre, sempre, que viver é aceitar e até apreciar a diferença, a singularidade de todo ser humano.

Dedico esse post para os que amo, independente de estarem perto ou longe nesse momento. Em especial ao Be, Clau, Guto, Caetano, Paty e à minha família.



Luz, câmera, UNIÃO!




























Novidades em breve



Olá amigos seguidores desse espaço... o nosso Claquete Dez está passando por uma reformulação.
Aguardem novidades para os próximos dias! Segue a dica de filme: O Diabo veste Prada (2007), baseado no livro de mesmo nome de Laurie Weisberger.


Luz, câmera... AÇÃO! Porque cinema é a nossa paixão.


Abraços cinéfilos,

Mah.

Ética, poder e individualidade em xeque: Obrigado por fumar



Promover uma poderosa reflexão sobre ética nos negócios, e, acima de tudo, em nossa vida pessoal. Esse é o mote do filme Obrigado por fumar (2005). Este conta a história do controverso Nick Naylor (Aaron Eckhart), relações-públicas da indústria do tabaco norte-americana. Na história, tal como diz o slogan, Naylor não esconde a verdade, ele a filtra.


Seu ganha-pão, portanto, resume-se a defender os direitos dos fumantes. Para tanto, costuma "flexibilizar" sua ética, falando com convicção sobre o direito que as pessoas devem ter de fumar, se assim o desejarem. E em nome desse objetivo, Nick passa por cima de princípios essenciais, manipulando informações de modo a glamourizar o vício em nicotina em programas de TV e também na ficção. O curioso é que, semanalmente, ele se une aos porta-vozes da indústria bélica e de bebidas alcoólicas para combinar "estratégias" de persuasão.


E muito embora, amigo seguidor, esse filme trate do tema de forma leve, irônica e até cômica, em alguns momentos, a questão é séria. É um, tema que invariavelmente discuto com meus alunos de Jornalismo na cadeira de Assessoria de imprensa. Nick vive, sem dúvida, uma sinuca de bico no campo profissional, mas se eticamente esse campo o desagrada, o ideal seria deixá-lo. Mas ele se insere nesse contexto até a raiz dos cabelos, transformando e sendo transformado pelos lucros.

Nessa roda-viva, Naylor enfrenta opositores, dentre eles as organizações em prol da saúde e antitabagismo e um senador oportunista, Ortolan Finistirre (William H. Macy), cujo projeto de lei é colocar rótulos de veneno nos maços de cigarros, algo semelhante ao que se vê em nosso país.


Para "maquiar" os efeitos deletérios do cigarro, Nick Naylor apela para um agente de Hollywood (Rob Lowe), com a finalidade de fazer com que o cigarro volte a aparecer, nos filmes, nas mãos dos mocinhos.


Ao longo da trama, ele se envolve com a repórter de um jornal de Washington e é sequestrado. É o começo do fim. Do fim do mito e do início da trajetória do indivíduo Nick Naylor, que passa a ser questionado inclusive por Joey, seu filho de dez anos, sobre as escolhas profissionais que faz.

O filme, a meu ver, mexe em pontos nevrálgicos, como vícios, monopólio industrial e, acima de tudo, daquilo que o ser humano, por dinheiro e poder, é capaz de fazer.

Esse post foi escrito especialmente para meus alunos da sétima fase de Jornalismo. Também para meus queridos (sempre questionadores) Dê, Cláudia, Guto, Be, Glauco, Maitê e Fernando.

Luz, câmera, COMUNICAÇÃO!






Mamma mia! O encanto da inquebrável relação entre mãe e filha


Saudações, fiéis seguidores do Claquete Dez!


Após uma pausa em nossas postagens, voltamos com força total... O post de hoje é temático, para celebrar com todas as honras possíveis o Dia das Mães. Mamma mia (2008) é a versão cinematográfica para o espetáculo da Broadway de mesmo nome. A trilha sonora é, exclusivamente, Abba, que até a atualidade é sucesso no mundo todo.

Dirigido por Phyllida Lloyd, o filme, ambientado na belíssima paisagem da ilha grega de Skopelos e contando com um elenco de peso, é um convite a pensar no quanto a vida nos pode ser grata.

A jovem Sophie (Amanda Seyfried, maravilhosa), descobre, pela leitura do diário da mãe, Donna (Meryl Streep, que dispensa comentários) que sua mãe teve, na juventude, três amores. Um deles deve ser seu pai biológico. Para tanto, Sophie, que está de casamento marcado, convida Sam (Pierce Brosnan), Harry (Colin Firth) e Bill (Stellan Starsgard), para a cerimônia.

E o que ocorre durante a trama é simplesmente maravilhoso. Os três ex-amores de Donna vêm para a ilha e começam a conhecer Sophie e a buscar, nela, similaridades que indiquem a paternidade de um dos três. E ficam completamente encantados pela possível filha e pela relação de cumplicidade e carinho que ela tem com a mãe.
Celebração, romance e aventura, tudo regado pelos sucessos do Abba, são as palavras de ordem dessa história.

Mas o mais bonito, para mim, é a interação entre mãe e filha. Uma das cenas mais bonitas é quando, sob o som de Chiquitita, Donna ajuda Sophie a se preparar para o casamento. Vibrei, sorri e me emocionei diversas vezes em frente à telinha. Mais do que nunca, agradeci a Deus pelo papel essencial que a minha mãe exerce em minha vida.

E o pai de Sophie, quem é? Assista a essa bela trama... vale a pena. O elenco, em plena harmonia, faz desse filme algo imperdível.

Mamma Mia, enfim, nos faz refletir sobre a importância de valorizar, com palavras, mas sobretudo com atitudes, as pessoas que estão ao nosso lado e que nos amam verdadeiramente.


Esse post é dedicado à minha avó, que nos deixou no último dia 28 de abril e que foi uma grande mãe e mulher. Dedico, ainda, à "mamma mia" (rs) e a todas as mães. Dedico, também, ao Be, que me apresentou a essa história maravilhosa e divertida.



Sempre o amor: os encontros e desencontros de "500 dias com ela"

"Rapaz conhece garota. Ele se apaixona. Ela não". Essa, amigos do Claquete Dez, é a tônica do filme que assisti na companhia de meu amigo Be no último final de semana, 500 dias com ela (Days of Summer, 2008). Um filme que, confesso, pensei ser mais um "água com açúcar" desses que a Sessão da Tarde não se cansa de reprisar. Mas não.


É uma trama que subverte muitos dos padrões de comportamento aos quais estamos acostumados, no cinema e na vida real. E o diretor Marc Webb acerta em cheio ao nos desafiar com uma história para a qual o final, embora possa vir a ser feliz (dependendo do ponto de vista), pode não ser o esperado "felizes para sempre" ao qual estamos acostumados a esperar. Mostra que, por vezes, somos emotivos demais, e que temos coragem de menos para ir em buscar de possibilidades que nos ajudem na necessária (e individual, sempre) tarefa de ser feliz. Tom, um cara tímido e introspectivo, se apaixona pela nova colega de trabalho, a bela Summer.


Desde que a viu, gostou dela, por muitas razões e por nenhuma em particular. As circunstâncias e o gosto comum pelo som indy dos Smiths os une, inicialmente. Para ele, quando eles se beijam, tem início uma história de amor. Para ela, no entanto, começa ali uma "amizade colorida", um "affair", o que, desde o princípio, Summer deixa bem claro.


Contudo, muitas vezes, os caminhos do amor são imprevisíveis. Tom, com o passar do tempo (retratado no filme de forma não-linear, o que em muito se parece com a forma como, ao rememorar uma história, pensamos) se envolve para valer. Até que o sonho chega ao fim. Ele, ante a negativa da amada, sente ódio, raiva, dor, mas acima de tudo, AMOR, e ferido. Seu intenso sofrimento o faz desistir do trabalho (ironia) de redator de cartões de amor. A forma dolorosa como ele relembra cada fato, cada beijo, cada gesto e cada noite passada ao lado dela faz a gente refletir sobre algo que, ante uma expectativa não contemplada, nos assola. O quanto nos torturamos quando, na vida afetiva, algo foge ao nosso controle, de certa forma, frustrando nossos anseios por vezes fantasiosos.


O amor consiste em ser capaz de continuar admirando alguém dia após dia. É, mesmo conhecendo os defeitos de alguém, querer viver próximo.

Querer, e não precisar estar junto. Mas é, amigo seguidor, acima de tudo, SE amar e viver bem consigo. Summer e Tom, ao trilharem outros caminhos, nos convidam a fazer o mesmo.


Viver implica em amar, em volta e meia se ferir, mas sempre, e irremediavelmente, SER FELIZ. Nota dez também para a trilha sonora... Esse post, seguidor (a) é todo seu.




Abraços claquéticos... Luz, câmera, (DES)ILUSÃO.

Uma amizade imortal: a sensibilidade de Sempre a seu lado


Olá, amigos do Claquete Dez!


A vida, por vezes, nos oferece presentes de valor inestimável, justamente quando menos esperamos. Essa, amigo seguidor, é a tônica do belo filme post de hoje, Sempre a seu lado (Hachiko: a dog's story, 2008, sob direção do sueco Lasse Hallstrom).


Tudo começa no Tibet, quando um filhote de cão da raça Akita, conhecida por sua sagacidade, fidelidade e inteligência, é mandado para a América. A história é baseada em fatos reais ocorridos na década de 1930 no Japão. Escolhi esse filme pelo fato de ele reunir duas de minhas paixões: o cinema e os bichos. Além da linda história, na qual a presença de um animal de estimação muito especial transforma a vida de uma família. Hachiko, ou Hachi, chega a uma pequena estação ferroviária norte-americana.


É aí que os destinos dele e do professor universitário Parker (Richard Gere) se cruzam. O animalzinho foge da gaiola em que veio e "elege" o professor como seu dono. A partir daí, Hachi conquista não somente ao professor, mas a todos nós que assistimos a essa linda história. Os percalços enfrentados por Parker para adotar o cão não são poucos. A oposição ferrenha da esposa, que, ao perder seu cão, pouco tempo antes, ficara muito abalada, é o mais forte.


Porém, a inteligência e jeito carinhoso de Hachi logo conquistam a todos. Seu comportamento fiel com relação a Parker é de impressionar. Todos os dias, quando o professor sai para suas aulas na universidade, Hachi o acompanha, vai para casa e o espera voltar, pontualmente, às 17 horas.


Um dia, entretanto, Parker sofre um enfarte. Tudo muda e, ante a mudança, Hachi, na mudança, acaba indo morar com a filha deles. Entretanto, sua casa passa mesmo a ser a estação de trem, já que os esforços da família em mantê-lo em casa mostram-se inúteis. É lá que, dia após dia, o cão aguarda seu grande amigo. A comunidade, que já conhece os hábitos e a fidelidade de Hachi, passa a alimentá-lo.


É de cortar o coração vê-lo, faça chuva, faça sol, aguardando Parker, que não voltará. A história chama a atenção da imprensa, que relata a história do cão. Enfim, uma história que fica na memória e no coração da gente. Essa trama, longe de ser piegas ou sentimentaloide, nos faz pensar no significado da verdadeira amizade, sendo ela um dos grandes presentes que a vida nos dá.

Dedico esse post a todos os que valorizam os amigos (humanos, caninos, felinos ou afins) e amores verdadeiros. Abraços claquéticos para Líz, Dê, Clau, Laura, Be, Jhonny, Rá e Fernando, fiéis amigos e seguidores desse espaço na blogosfera.


Luz, câmera, ADMIRAÇÃO.

Cisne negro: quando a emoção insandece


Olá, amigos do Claquete Dez... saudações cinéfilas, ainda em clima de Oscar.


Diferentemente dos filmes-posts anteriores, não falaremos de uma trama edificante ou "happy end", mas de uma história densa e, na mesma proporção, assustadora: Cisne negro.
A primeira vez que vi Natalie Portman em cena foi em um dos filmes da saga Star Wars, interpretando a mãe de Luke Skywalker, princesa Amidala. Seu talento, o que ficou evidente também ao assistir ao filme V de Vingança, não era algo novo para mim.

Entretanto, foi no perturbador Cisne negro (Black swan, 2010) que ela obteve sua total consolidação como grande atriz. Fui assistir à trama de Darren Aronofsky nos últimos dias do feriadão de carnaval, e valeu a pena. Na história, Portman, recém sagrada pela Academy Awards com o Oscar de melhor atriz, interpreta a talentosa, disciplinada e reprimida bailarina Nina Sayers.
Para fazer esse papel, percebe-se, amigo seguidor, que a atriz entregou-se completamente. As cenas são fortes, contundentes, chocantes e perturbadoras em muitos momentos. Aproveitei um dia em que estava com tempo livre para vê-lo.

Convidada a interpretar, no balé O lago dos cisnes, o duplo papel de cisne branco (bom, calmo e virginal) e cisne negro (maligno, agressivo e astuto), Nina decide que será a titular do papel após a aposentadoria da primeira bailarina da companhia, Beth McIntyre (Winona Ryder, em um papel em que as contradições e angústias bem próprias da condição feminina são magnificamente trabalhados pela atriz).

Ao tentar moldar-se para o difícil e dúbio papel, Nina é convidada a ser menos técnica e, consequentemente, mais segura em cena. Entretanto, ao lidar com a necessidade de trabalhar, digamos, o seu lado "sombrio", Nina entra em uma paranoia que a faz desmoronar completamente. A marcação cerrada da mãe (Barbara Hershey), uma bailarina aposentada que projeta na filha todas as suas expectativas e frustrações, a infantilizam (a começar pelo quarto, repleto de bichos de pelúcia) e distanciam da necessidade que todos temos de trabalhar nossa individualidade e de lidar com questões próprias do mundo adulto, como relacionamentos, sexualidade e autoconfiança. Ela, para a mãe, tem de ser tudo o que a própria não pôde ser. O que, vamos combinar, é pesadíssimo para qualquer ser humano.

A presença de Lily (Mila Kunis), sua possível substituta no papel e a cobrança constante do dono da companhia de dança, Thomas (Vincent Cassel, excelente no papel) a fazem colocar em prática seu lado B.

Uma infinidade de fantasias, delírios e visões por vezes violentas assustam o telespectador. Natalie Portman, com esse papel, a meu ver, questiona as cobranças feitas à mulher na sociedade, mas sobretudo nos contextos em que o feminino impera (balé, moda, etc.).

Na dança, metaforicamente, ela dialoga e se entrega, de forma brutal, à insanidade de não haver vivido a própria individualidade. O preço do papel, o qual Nina conquista, pode ser altíssimo.

Apesar de o filme ser uma verdadeira "pancada" , vale muito a pena ver Portman em cena.

O abraço do Claquete hoje vai para todos os que, como eu, nunca se furtam a assistir a uma boa história na tela, mesmo quando, em alguns momentos, desejamos para ela outro final.
Luz, câmera, REFLEXÃO.


Post especial sobre o Oscar: O discurso do rei é o grande campeão desta edição



Olá, amigos do Claquete Dez...

Foi com grande alegria que assisti à cerimônia do Oscar neste domingo. Fiquei feliz ao ver que o filme do qual falamos no último post, O discurso do rei (The king's speech) foi o campeão absoluto do Oscar 2011.
Recebeu as estatuetas de melhor filme, melhor direção (Tom Hopper), melhor ator (Colin Firth) e melhor roteiro.
Nas palavras de José Wilker, ator, diretor e comentarista da transmissão feita pela Rede Globo, o filme brilhou por ter ganho os prêmios mais significativos da Academia.
Porém, a meu ver, a trama venceu pela riqueza e sensibilidade do tema que aborda.
Só fiquei um pouco triste (me desculpem os fãs do "Batman" Christian Bale), mas acho que quem merecia a premiação de melhor ator coadjuvante era o impecável Geoffrey Rush, que interpreta o Lionel de O discurso do rei.
Confira o post anterior sobre o filme http://claquetedez.blogspot.com/2011/02/superacao-e-uma-amizade-historica-dao-o.html.


O trailer você confere em: http://www.youtube.com/watch?v=fwfKpM502HQ&feature=related

Luz, câmera, CONSAGRAÇÃO!

Superação e uma amizade histórica dão o tom a'O discurso do rei


Olá amigos do Claquete Dez!


Neste sábado pré-Oscar 2011, fui assistir ao filme mais cotado à estatueta de a melhor produção: O Discurso do Rei (The King's Speech, 2010). Dirigido por Tom Hopper, o filme, rodado na Inglaterra por motivos óbvios, tem, no adjetivo esplêndido, tantas vezes repetido na trama, a melhor definição.

Trata-se da história real de dois amigos, Bertie e Lionel, que se passa em 1934. Até aí, mais uma bela história de amizade, não fosse o contexto histórico em que a mesma se insere.

Bertie (Colin Firth) é o duque de York, coroado rei, após a morte de seu pai, o rei George V e a abdicação do trono por seu irmão, David (Guy Pearce). Este se apaixonou e casou-se com uma americana divorciada. Tudo estaria perfeito, não fosse o pânico que o novo rei experimenta ao falar em público. Desde os quatro anos de idade, Bertie, prestes a se tornar rei, é gago, o que, para um rei, convenhamos, é uma situação das mais constrangedoras.

A essa altura, caro amigo seguidor, você deve estar se perguntando: e o que a amizade entre o rei e o terapeuta Lionel tem a ver com isso? A amizade do nobre Bertie (Rei George VI, pai da rainha Elizabeth) e do controverso Lionel Logue (Geoffrey Rush, cuja atuação é, ao mesmo tempo, engraçada e emocionante) começa com um contato feito pela esposa de Bertie, a duqueza Elizabeth (Helena Bonham-Carter), com o terapeuta da fala, após inúmeras tentativas fracassadas do novo rei em vencer a gagueira.

Lionel, um profissional totalmente anti-convencional, pede ao rei que o veja e o trate de forma igualitária. Nas sessões terapêuticas, faz Bertie cantar, expirar e inspirar, ler em voz alta, exercitar-se e encarar seu medo de falar em público mais e mais a cada dia. O faz, sobretudo, falar de si mesmo e do que o aflige.

Vence, com paciência, as resistências do novo rei em enfrentar seus temores. Cria situações e desenvolve "macetes" para Bertie falar em público. Ajuda-o, sobretudo, a comunicar uma importante (e grave) notícia, logo após a coroação: a Segunda Guerra Mundial, na qual a Grã-Bretanha está, publicamente, se opondo à Alemanha de Hitler.

Dessa produção, tirei duas lições. Primeira: concluí o quanto a realeza, aparentemente perfeita, é dura e implacável ante as limitações que, sendo nobres ou plebeus, todos temos.
Concluí, ainda, que gostamos de estar próximos e admiramos aquelas pessoas que nos fazem perceber o que há de melhor em nós. Assim como o fascinante Lionel faz, transformando seu amigo Bertie em um verdadeiro rei.

Dedico esse post a todos que me fazem ver o que há de melhor em mim (amigos, alunos e familiares). Em especial à Clau e sua linda família, Be e Fernando.
Luz, câmera, REALIZAÇÃO!

A personificação da perseverança em À procura da felicidade

Tudo o que foi feito na vida foi construído antes na alma (Analisa Brum).

Olá, amigos do Claquete Dez...


Hoje vamos conversar sobre a necessidade, ou desejo, que todos temos de buscar a felicidade. Desde pequenos, aprendemos o significado dessa expressão, muito embora, para nós, ela tenha diferentes acepções. Para alguns, é estar realizado no trabalho. Para outros, encontrar um amor. Para outros, viver de forma modesta e pacata. Para outros, ainda, é conquistar bens materiais.

O fato é que em uma coisa, nos assemelhamos. Ser feliz significa dar conforto, proteger e beneficiar as pessoas que amamos. Foi com esse pensamento que resolvi escrever sobre um filme que assisti há tempos, e que, coincidentemente, a Rede Globo passou hoje.


Inspirado na história real do empresário norte-americano Chris Gardner, o belíssimo "À procura da felicidade" (The pursuit of happiness, 2007), foi dirigido por Gabrielle Muccino. Nos proporciona uma história de amor e, acima de tudo de superação de obstáculos, de um homem em favor de si mesmo e de seu filho. Ele tem, como lema, a declaração de Thomas Jefferson por ocasião da Independência dos EUA: todo indivíduo tem direito à liberdade e à busca pela felicidade.

Chris (Will Smith, que, em minha opinião, fez aqui o seu melhor papel), é um pai de família que ganha a vida vendendo scaners ósseos em clínicas e consultórios médicos. As coisas para ele não vão bem, apesar de seus esforços para garantir à esposa Linda e ao pequeno Christopher, o melhor.

Frente a muitas dificuldades, Gardner tenta não desanimar. Um dia, ao encontrar um homem numa exuberante Ferrari, perguntou o que ele fazia para ter aquele padrão de vida ("Amigo, o que você faz, e como faz?). E seu interlocutor informa ser corretor da Bolsa de Valores. Não só este homem, mas todos, parecem ser felizes.

Chris Gardner, então, decide que fará o mesmo. O caminho trilhado por ele, entretanto, é por demais acidentado. Abandonado pela mulher e sofrendo diversas privações, Chris faz de tudo para oferecer ao filho tudo o que ele precisa. Christopher, em sua sensibilidade infantil, busca compreender e se adaptar à rotina do pai, acompanhando-o e oferecendo apoio nos momentos mais dramáticos, que são vários.
Chris, sujo de tinta e em condições improváveis, participa de uma entrevista de emprego para a oportunidade que sempre sonhou. É incrível como o protagonista, narrando a história, consegue mobilizar nossa atenção e sentimentos. Tem tudo para desanimar, vive situações cômicas (se não fossem trágicas) mas segue em frente. Participa, junto a pessoas que estudaram em faculdades renomadas como Harvard, da seleção de uma exigente corretora da Bolsa de Valores.
Ao longo do caminho, vence, se frustra, sofre, chora, sorri, vive, persiste, e busca ser melhor. É, de longe, uma das grandes lições de perseverança e otimismo que tive na vida.

O que terá sido feito, amigo seguidor, de nosso protagonista? Da persistência, ele é o campeão. Tendo tudo para jogar tudo para o alto, Chris nos dá um ensinamento dos mais valiosos: quando nos esmeramos para conseguir algo e o fazemos de todo o coração e espírito, já temos boa parte do caminho trilhado. Para mim, Chris Gardner é um herói de nossos dias.

E essa história é, de fato, imperdível.

E já que falamos em felicidade em nosso filme-post de hoje, faço aqui no Claquete um agradecimento especial a quem, direta ou indiretamente, contribui em minha busca pessoal pela felicidade.

Primeiramente, a Deus, por me permitir viver e dividir, com amigos e colegas, minhas impressões sobre a vida e a minha paixão, o cinema, nesse blog.

A meus pais e irmã, por serem meus grandes incentivadores.

Aos amigos (quase irmãos) Clau e família e Be, cada um do seu modo, por sempre estarem comigo em meus projetos e torcerem verdadeiramente que eles deem certo.

Também ao amigo Fernando, sou grata por sempre travar, comigo, excelentes "batalhas de ideias" sobre filmes, os mais variados.


Enfim, a todos os seguidores desse espaço da blogosfera. Em especial, Claquete Dez saúda meus amados novos jornalistas criciumenses.


Luz, câmera, REALIZAÇÃO!

Quando o amor vence a passagem do tempo: Cartas para Julieta


Saudações cinéfilas...

Amigo seguidor, o filme-post de hoje está longe de ser mais uma produção água-com-açúcar de Hollywood. Fala do amor e da importância dele, a qualquer tempo, em nossas vidas.
Durante minha semana de férias em Curitiba, assisti ao belíssimo Cartas para Julieta (Letters to Juliet, 2010). Dirigido por Gary Winick, traz, no elenco, jovens e promissores atores, como Gael Gárcia Bernal e Amanda Seyfried, e os consagradíssimos atores Vanessa Redgrave e Franco Nero.

A jovem jornalista Sophie (Seyfried, que acho extremamente expressiva), é responsável por procurar pessoas para a realização de entrevistas. Encontrar celebridades do passado, escritores misóginos e personalidades que não curtem mais as luzes da ribalta, é a especialidade dela, que está noiva do chef de cozinha Victor (Bernal, maravilhoso). Ambos decidem, juntos, ir a Verona, na Itália, palco do romance Romeu e Julieta, de Shakespeare.

Porém, Victor parece mais interessado em buscar fornecedores para o restaurante que está inaugurando do que em fazer uma viagem romântica com Sophie. Assim, enquanto ele visita vinicultores e produtores de queijos e pães caros, Sophie se determina a conhecer a cidade.
E é justamente aí que a história começa. Em suas andanças, ela descobre um grupo de mulheres que se dispõe a, diariamente, responder às cartas endereçadas a Julieta Capuleto. Nelas, o amor, os encontros e desencontros, são temas constantes.

Num desses dias, por acaso (ou por força do destino, pra quem acredita), Sophie encontra uma carta datada da década de 1950, assinada por uma jovem inglesa chamada Claire. Nela, ela relata a Julieta o porquê deixara seu amado Lorenzo esperando por ela, tendo, por medo da reação dos pais, voltado a Londres.
Emocionada com o relato, Sophie responde à carta de Claire.

Victor, enquanto isso, segue em sua saga de leilões e visitas aos fornecedores.
O que Sophie ainda não sabe é que a resposta escrita por ela mudará não somente a vida da agora senhora Claire (interpretada magistralmente por Vanessa Redgrave), como, irremediavelmente, a sua.
Acompanhada do neto Charlie (Christopher Egan), que de início se mostra defensivo e grosseiro, Claire, viúva há alguns anos, vem em busca de Lorenzo.
Exercitando a sua especialidade, buscar pessoas onde quer que elas estejam, Sophie vai com Claire e Charlie, à procura do grande amor da juventude da amiga.

Juntos, trilham um caminho em que, por força do amor, o tempo regride e os sonhos renascem. Ao mesmo tempo, certas coisas mudam irremediavelmente.
Recomendo aos leitores que não deixem de assistir por acharem que se trata de um filme "para garotas". É, tanto pela paisagem quanto pela leveza da história, simplesmente imperdível.
E o "gran finale"? Você vai ter de conferir...

O abraço do Claquete Dez hoje vai para todos que visitam e seguem o blog, em especial para Andressa, Sabrina, Líz, Laura e Cláudia. Nesse post, saúdo especialmente o Be (obrigada por me apresentar a essa história!) e Fernando, meu fiel interlocutor nas discussões sobre filmes... valeu!

Luz, câmera, EMOÇÃO!

Uma história imperdível, um herói improvável: a quebra de preconceitos em "Quem quer ser um milionário"?


Você vai conhecer uma história e tanto...
Absurdamente real, dramática e chocante. Trama em que, em contrapartida, algo pra lá de inesperado acontece.
Essa foi a minha conclusão, caro seguidor do Claquete Dez, ao assistir ao filme-post de hoje, nosso primeiro comentário de 2011.

Ganhador de oito Oscars, dentre eles o de melhor filme estrangeiro, Quem quer ser um milionário? (Slumdog millionaire, 2008-2009), foi uma das tramas mais contundentes, sensíveis e emocionantes que já tive a oportunidade de ver.

Por ter me marcado de diversas maneiras, não poderia deixar de dividir minhas impressões com os amigos deste blog.

Dirigido pelo criativo Danny Boyle (que também foi agraciado com a estatueta de melhor diretor), é uma produção indiana, da qual participam atores até então desconhecidos e outros já famosos em Bollywood.

Na Índia marcada pela grande disparidade social, dentre muita pobreza e opulência de poucos, conhecemos a história de Jamal, que trabalha servindo café em um Call Center. Contrariando a todas as expectativas e estereótipos, o jovem se inscreve para participar de um famoso programa, no estilo "Show do Milhão", no qual doutores e demais pessoas letradas jamais chegaram ao grande prêmio, estimado em um milhão de rúpias, a moeda indiana.

A partir da primeira pergunta, entramos no mundo íntimo do sofrido Jamal, um jovem com experiência de ancião.

A pergunta que fica em nossa mente, assim como a do delegado local e do famoso apresentador do programa, que assistira à derrota de cultos participantes, é a seguinte. Como um garoto sem estudo e aparentemente sem experiência como Jamal ousara participar de um desafio tão grande?

O que acontece faz nosso queixo cair, desafiando e desconstruindo nossos pré-conceitos. A cada questão, é como se cada um de nós fosse capaz de visitar as (em sua maioria, dolorosas) lembranças do jovem Jamal que, ao lado do controvertido irmão Salim, passa a viver nas ruas de Mumbai após o brutal assassinato de sua mãe. Os símbolos, a emoção sentida e as lições aprendidas por Jamal são partilhadas com o espectador, fazendo com que nos sintamos parte da história.

A cada pergunta e resposta correta, tomamos ciência da exploração, dos árduos sofrimentos e sobretudo, da grandiosidade do caráter de Jamal. Conhecemos, também, aquela que para ele, tem valor inestimável. O que, na vida de cada um de nós, é o que há de mais caro e incalculável: o AMOR. Para Jamal, este atende pelo nome de Latika.

Separados pelas circunstâncias, ainda na infância, Jamal e Latika, ao que parece, estavam destinados a se reencontrar. Entretanto, a vida parece querer vê-los separados... Por seu amor, ele venceu medos, dúvidas e limites. Para Jamal, essa separação representa dor e, ao mesmo tempo, a resposta certa à questão feita em uma das etapas do jogo.

Torturado sob a suspeita de haver trapaceado, nosso protagonista tem sua honestidade colocada em xeque, pela polícia e pelo apresentador do programa.

Quem seria, amigo seguidor do Claquete, esse rapaz? Por meio de lembranças tristes, de pobreza, violência, inocência, traição (representada pelo irmão, Salim) e amor, foi possível a Jamal vencer, no programa e no amor?

Ao longo do filme, triste e emocionante, ao mesmo tempo violento e sutil, eu falava com a TV, torcia e tentava responder às perguntas feitas a Jamal. A cada acerto, vibrava. Quem assistir, saberá. Vai chorar, vai se revoltar, vai torcer e vai sorrir. Vai se chocar e se desafiar. E jamais vai se esquecer desse maravilhoso filme.

Vale destacar a excelente "Jai Ho", música vencedora de mais um dos oito Oscars destinados ao filme. A dança do elenco ao som dessa linda música é de arrepiar, verdadeiramente emocionante.

Esse filme me marcou de forma muito positiva, pela visão da dura realidade da Índia, aliada à sutileza das relações humanas e à busca de Jamal pela própria felicidade.

Seguem abaixo dois links interessantes...

Site oficial - http://www.quemquerserummilionario.com.br/
Jai Ho - http://www.youtube.com/watch?v=UHIdyWABR0s&feature=related

O abraço do Claquete Dez, hoje, vai para meus queridos Be (hasta la vista, amigo!), Clau e família, meu pai (que gosta tanto cinema quanto eu), Fernando (a quem eu garanti que escreveria esse post), Líz, Jhonny e Laura, seguidores fiéis deste singelo espaço na blogosfera.

Luz, câmera, ADMIRAÇÃO!