Post especial sobre o Oscar: O discurso do rei é o grande campeão desta edição



Olá, amigos do Claquete Dez...

Foi com grande alegria que assisti à cerimônia do Oscar neste domingo. Fiquei feliz ao ver que o filme do qual falamos no último post, O discurso do rei (The king's speech) foi o campeão absoluto do Oscar 2011.
Recebeu as estatuetas de melhor filme, melhor direção (Tom Hopper), melhor ator (Colin Firth) e melhor roteiro.
Nas palavras de José Wilker, ator, diretor e comentarista da transmissão feita pela Rede Globo, o filme brilhou por ter ganho os prêmios mais significativos da Academia.
Porém, a meu ver, a trama venceu pela riqueza e sensibilidade do tema que aborda.
Só fiquei um pouco triste (me desculpem os fãs do "Batman" Christian Bale), mas acho que quem merecia a premiação de melhor ator coadjuvante era o impecável Geoffrey Rush, que interpreta o Lionel de O discurso do rei.
Confira o post anterior sobre o filme http://claquetedez.blogspot.com/2011/02/superacao-e-uma-amizade-historica-dao-o.html.


O trailer você confere em: http://www.youtube.com/watch?v=fwfKpM502HQ&feature=related

Luz, câmera, CONSAGRAÇÃO!

Superação e uma amizade histórica dão o tom a'O discurso do rei


Olá amigos do Claquete Dez!


Neste sábado pré-Oscar 2011, fui assistir ao filme mais cotado à estatueta de a melhor produção: O Discurso do Rei (The King's Speech, 2010). Dirigido por Tom Hopper, o filme, rodado na Inglaterra por motivos óbvios, tem, no adjetivo esplêndido, tantas vezes repetido na trama, a melhor definição.

Trata-se da história real de dois amigos, Bertie e Lionel, que se passa em 1934. Até aí, mais uma bela história de amizade, não fosse o contexto histórico em que a mesma se insere.

Bertie (Colin Firth) é o duque de York, coroado rei, após a morte de seu pai, o rei George V e a abdicação do trono por seu irmão, David (Guy Pearce). Este se apaixonou e casou-se com uma americana divorciada. Tudo estaria perfeito, não fosse o pânico que o novo rei experimenta ao falar em público. Desde os quatro anos de idade, Bertie, prestes a se tornar rei, é gago, o que, para um rei, convenhamos, é uma situação das mais constrangedoras.

A essa altura, caro amigo seguidor, você deve estar se perguntando: e o que a amizade entre o rei e o terapeuta Lionel tem a ver com isso? A amizade do nobre Bertie (Rei George VI, pai da rainha Elizabeth) e do controverso Lionel Logue (Geoffrey Rush, cuja atuação é, ao mesmo tempo, engraçada e emocionante) começa com um contato feito pela esposa de Bertie, a duqueza Elizabeth (Helena Bonham-Carter), com o terapeuta da fala, após inúmeras tentativas fracassadas do novo rei em vencer a gagueira.

Lionel, um profissional totalmente anti-convencional, pede ao rei que o veja e o trate de forma igualitária. Nas sessões terapêuticas, faz Bertie cantar, expirar e inspirar, ler em voz alta, exercitar-se e encarar seu medo de falar em público mais e mais a cada dia. O faz, sobretudo, falar de si mesmo e do que o aflige.

Vence, com paciência, as resistências do novo rei em enfrentar seus temores. Cria situações e desenvolve "macetes" para Bertie falar em público. Ajuda-o, sobretudo, a comunicar uma importante (e grave) notícia, logo após a coroação: a Segunda Guerra Mundial, na qual a Grã-Bretanha está, publicamente, se opondo à Alemanha de Hitler.

Dessa produção, tirei duas lições. Primeira: concluí o quanto a realeza, aparentemente perfeita, é dura e implacável ante as limitações que, sendo nobres ou plebeus, todos temos.
Concluí, ainda, que gostamos de estar próximos e admiramos aquelas pessoas que nos fazem perceber o que há de melhor em nós. Assim como o fascinante Lionel faz, transformando seu amigo Bertie em um verdadeiro rei.

Dedico esse post a todos que me fazem ver o que há de melhor em mim (amigos, alunos e familiares). Em especial à Clau e sua linda família, Be e Fernando.
Luz, câmera, REALIZAÇÃO!

A personificação da perseverança em À procura da felicidade

Tudo o que foi feito na vida foi construído antes na alma (Analisa Brum).

Olá, amigos do Claquete Dez...


Hoje vamos conversar sobre a necessidade, ou desejo, que todos temos de buscar a felicidade. Desde pequenos, aprendemos o significado dessa expressão, muito embora, para nós, ela tenha diferentes acepções. Para alguns, é estar realizado no trabalho. Para outros, encontrar um amor. Para outros, viver de forma modesta e pacata. Para outros, ainda, é conquistar bens materiais.

O fato é que em uma coisa, nos assemelhamos. Ser feliz significa dar conforto, proteger e beneficiar as pessoas que amamos. Foi com esse pensamento que resolvi escrever sobre um filme que assisti há tempos, e que, coincidentemente, a Rede Globo passou hoje.


Inspirado na história real do empresário norte-americano Chris Gardner, o belíssimo "À procura da felicidade" (The pursuit of happiness, 2007), foi dirigido por Gabrielle Muccino. Nos proporciona uma história de amor e, acima de tudo de superação de obstáculos, de um homem em favor de si mesmo e de seu filho. Ele tem, como lema, a declaração de Thomas Jefferson por ocasião da Independência dos EUA: todo indivíduo tem direito à liberdade e à busca pela felicidade.

Chris (Will Smith, que, em minha opinião, fez aqui o seu melhor papel), é um pai de família que ganha a vida vendendo scaners ósseos em clínicas e consultórios médicos. As coisas para ele não vão bem, apesar de seus esforços para garantir à esposa Linda e ao pequeno Christopher, o melhor.

Frente a muitas dificuldades, Gardner tenta não desanimar. Um dia, ao encontrar um homem numa exuberante Ferrari, perguntou o que ele fazia para ter aquele padrão de vida ("Amigo, o que você faz, e como faz?). E seu interlocutor informa ser corretor da Bolsa de Valores. Não só este homem, mas todos, parecem ser felizes.

Chris Gardner, então, decide que fará o mesmo. O caminho trilhado por ele, entretanto, é por demais acidentado. Abandonado pela mulher e sofrendo diversas privações, Chris faz de tudo para oferecer ao filho tudo o que ele precisa. Christopher, em sua sensibilidade infantil, busca compreender e se adaptar à rotina do pai, acompanhando-o e oferecendo apoio nos momentos mais dramáticos, que são vários.
Chris, sujo de tinta e em condições improváveis, participa de uma entrevista de emprego para a oportunidade que sempre sonhou. É incrível como o protagonista, narrando a história, consegue mobilizar nossa atenção e sentimentos. Tem tudo para desanimar, vive situações cômicas (se não fossem trágicas) mas segue em frente. Participa, junto a pessoas que estudaram em faculdades renomadas como Harvard, da seleção de uma exigente corretora da Bolsa de Valores.
Ao longo do caminho, vence, se frustra, sofre, chora, sorri, vive, persiste, e busca ser melhor. É, de longe, uma das grandes lições de perseverança e otimismo que tive na vida.

O que terá sido feito, amigo seguidor, de nosso protagonista? Da persistência, ele é o campeão. Tendo tudo para jogar tudo para o alto, Chris nos dá um ensinamento dos mais valiosos: quando nos esmeramos para conseguir algo e o fazemos de todo o coração e espírito, já temos boa parte do caminho trilhado. Para mim, Chris Gardner é um herói de nossos dias.

E essa história é, de fato, imperdível.

E já que falamos em felicidade em nosso filme-post de hoje, faço aqui no Claquete um agradecimento especial a quem, direta ou indiretamente, contribui em minha busca pessoal pela felicidade.

Primeiramente, a Deus, por me permitir viver e dividir, com amigos e colegas, minhas impressões sobre a vida e a minha paixão, o cinema, nesse blog.

A meus pais e irmã, por serem meus grandes incentivadores.

Aos amigos (quase irmãos) Clau e família e Be, cada um do seu modo, por sempre estarem comigo em meus projetos e torcerem verdadeiramente que eles deem certo.

Também ao amigo Fernando, sou grata por sempre travar, comigo, excelentes "batalhas de ideias" sobre filmes, os mais variados.


Enfim, a todos os seguidores desse espaço da blogosfera. Em especial, Claquete Dez saúda meus amados novos jornalistas criciumenses.


Luz, câmera, REALIZAÇÃO!