Lembranças da infância: The Goonies





Olá amigos do Claquete dez...

O filme-post de hoje representa uma volta à minha infância. Numa conversa com um amigo, na última semana, falávamos sobre coisas que nos remetiam aos anos 80. Dentre elas, o filme Os Goonies (The Goonies, 1985). Escrito por ninguém menos que Steven Spielberg e Chris Columbus, dois grandes nomes do cinema, e dirigido por Richard Donner, era o favorito de minha irmã. Na produção, atores que se consagraram posteriormente, como Corey Feldman, eram todos pré-adolescentes.
A história se passa num dia chuvoso que tinha tudo pra ser chato. Porém, não é o que acontece. É nesse dia que os amigos Mickey, Data, Chunk e Mouth encontram um mapa de tesouro pertencente a um tal pirata chamado "Willy, o caolho", no sótão da casa de Mickey. Decidem então partir para uma caça ao tesouro, à qual se juntam o irmão mais velho de Mickey, Brand, sua namorada Andy e uma amiga, Stef.
A partir disso, uma divertida aventura se inicia, cheia de perigos, cavernas que são verdadeiros labirintos, quedas d'água, uma perigosa família italiana e um "monstro" que, de monstruosa, só tem mesmo a aparência. O pote de ouro no fim do arco-íris é o navio de Willy, o caolho, abarrotado de ouro.
Mas esse, amigo seguidor, não é o maior tesouro do filme. A união, a amizade entre os garotos e o delicioso ritmo da história é que realmente valem. Não é à toa que Os Goonies é um dos melhores filmes da época em que foi lançado. Um tempo em que éramos mais incentivados, pela mídia, a ser crianças, pensar e querer coisas próprias para nossa idade. Hoje, é bem diferente, mas isso são cenas para um outro capítulo...
Isso sem falar na excelente trilha sonora, cantada pela maravilhosa Cindy Lauper. Confira algumas cenas no link:




http://www.youtube.com/watch?v=SC4soFjUjOc

Enfim, um filme pra se ter em casa e rever sempre!




O abraço especial do Claquete dez, hoje, vai para os queridos amigos Agatha e Fernando, Be, Dê, Clau, Guto, Caetano e Maitê.

Luz, câmera, DIVERSÃO!

O amor e a superação das diferenças dão a letra em Pequena Miss Sunshine





O que somos capazes de fazer para que alguém que amamos concretize um sonho?

É com essa pergunta, amigo seguidor, que inicio esse post nessa nova fase do Claquete Dez. Essa questão tudo tem a ver com o filme-post de hoje, Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, 2006). Além de ser uma maravilhosa história, conta com um elenco excelente, com incrível sintonia em cena.



A produção conta com dois diretores (Jonathan Dayton e Valerie Faris), e mostra, de forma sensível e realista, o cotidiano e, com ele, as dificuldades vividas pela família Hoover. O pai, Richard (Greg Kinnear) é um consultor que, apesar dos fracassos vividos, quer se tornar um grande nome da autoajuda. A mãe, Sheryl (Toni Collete), se vira para segurar a barra da família, no trabalho e, sobretudo, em casa, onde "o tempo fecha" com frequência.




O filho mais velho, Dwayne, fez voto de silêncio até ser aprovado para atuar nas Forças Armadas, seu objetivo. O irmão de Sheryl, o professor universitário Frank (Steve Carell, numa ótima atuação dramática), após tentar o suicídio, vai passar um tempo com a complicada família da irmã. Para completar a parada, o avô, Edwin, totalmente born to be wild, foi expulso do asilo por usar drogas.



Em meio a isso tudo, a pequena Olive (a fofa Abigail Breslin), convive bem com todos. E é justamente ela que recebe um telefonema que, de modo inusitado, une a família em torno de seu sonho de menina. Ela recebe a notícia de que terá três dias para chegar a Los Angeles para concorrer ao concurso de beleza infantil Pequena Miss Sunshine.



Após brigas e muitas trapalhadas, os Hoover embarcam em sua velha Kombi e levam Olivia ao concurso. O caminho até lá, além da distância física desafiadora, revela também a distância existente entre cada um naquele carro. A convivência forçada os faz refletir, brigar, se reconciliar, rever posturas.


Richard, que com sua vontade de ter sucesso, não admite que a filha perca, e começa a repensar o que é realmente vencer. Dwayne, com seu voto, comunica não-verbalmente seu carinho à irmã, apostando em seu sonho. Sheryl, como sempre, contém conflitos e congrega interesses. Edwin, longe de apenas se entorpecer, demonstra o carinho pela neta da melhor forma que pode, ensaiando com ela uma coreografia e tanto. Frank, a seu turno, aprende a se aceitar.




Cada um, a seu modo, faz a sua parte para que Olive chegue ao seu destino. Pelo caminho, evidentemente, muitas risadas, problemas automobilísticos, barracos por tudo e por nada, perrengues os mais diversos, uma morte e, quem sabe, a redescoberta da vida.

O final, assim como a trilha sonora, nos surpreende. A cada cena, em que rimos e choramos, nos identificamos com aquela família. A grande lição, amigo seguidor, é essa. Cada um de nós é capaz de mudar o mundo, o mundo de alguém, especialmente se esse alguém for parte importante de que (quem) temos de mais precioso na vida.




Eu e você somos capazes de, pelos pequenos e grandes gestos, fazer alguém mais feliz. Que a gente se lembre, sempre, que viver é aceitar e até apreciar a diferença, a singularidade de todo ser humano.

Dedico esse post para os que amo, independente de estarem perto ou longe nesse momento. Em especial ao Be, Clau, Guto, Caetano, Paty e à minha família.



Luz, câmera, UNIÃO!