Recuperar o "tempo perdido"é o mote de O homem do futuro


Olá amigos do Claquete dez...

Estive ávida por voltar a esse nosso espaço da blogosfera. Para (re)começar essa nova fase, trago um filme que, de forma cômica, nos faz rever e nos sensibilizar ante a nossa história pessoal, com seus erros, dores, alegrias e acertos. Nela, aposta-se na seguinte questão: voltar no tempo para consertar o que não nos satisfez, nos livrar das dores de amor, evitar algum arrependimento ou fazer algo que, por medo ou insegurança, deixamos de fazer. Quem de nós, ao menos uma vez na vida, não pensou nisso?
No filme-post em questão, O homem do futuro (2011), essa é a pergunta subjacente. E tudo, evidentemente, por conta “das coisas feitas pelo coração”, como dizia Renato Russo.
Fui assistir ao filme, confesso, motivada pela participação do meu ator favorito, Wagner Moura. Mas despretensiosamente, e por (várias) outras razões, essa história ganhou meu apreço. Dirigido por Cláudio Torres, o filme conta a história do cientista Beto, vulgo Zero (Wagner Moura), que, na juventude, era um cara gago e nerd que cursa a faculdade de Física. Como em toda a história romântica que se preze, o garoto nada popular se apaixona pela menina mais bonita da classe, Helena (Alinne Moraes). E é justamente a suposta “traição” de sua amada na festa de final de ano da faculdade e um humilhante incidente que motivam cada ação de Zero (apelido ganho na noite fatídica) nos 20 anos seguintes.
Frustrado e disposto a fazer qualquer coisa para construir um futuro novo com Helena, ele constrói uma máquina para voltar ao passado a partir do projeto comandado Sandra (Maria Luisa Mendonça), colega de faculdade e amiga de longa data, mas que já não aguenta as maluquices de Zero.
Motivado pela paixão e mais do que disposto para mudar as coisas, Zero volta ao passado. De volta ao ano de 1991, ele “desembarca” na noite da festa, onde, ao som de “Tempo perdido”, do Legião Urbana, consegue mudar as coisas. Até então, mete-se em encrencas hilárias, faz as vezes de adivinho, em um bar onde todos assistem futebol e depara-se com o Zero sonhador e apaixonado que um dia foi.
Porém, tudo seria muito fácil se não fosse a reviravolta causada por essa mudança no passado, a qual tem conseqüências impensáveis no futuro do sonhador Zero. De nerd a canalha, vestido de múmia, príncipe e astronauta, ele descobre que mesmo as experiências dolorosas nos constituem e nos ajudam a quem sabe, tornar o futuro melhor, sabendo viver.
Saí do cinema com a sensação de que há coisas que, irremediavelmente, pensava em mudar. Mas que os erros e acertos é que fazem a gente ser o que e a vida valer a pena. O final? Esse deixo pra você, amigo seguidor, assistir. Terá Zero conseguido reconquistar Helena? A trilha sonora mexe com a gente e, pra quem foi adolescente nos idos de 1991, é referência musical obrigatória. Legião, eternamente.
Esse post com sabor de de já vú dedico a todos que, nos momentos bons e ruins, tristes e venturosos, sempre estiveram presentes de uma forma ou de outra: família, amigos, amores e, sobretudo, à pessoa que fui.


De modo carinhoso, dedico a Dê, André (amigão de loonga data), Clau, Guto e Caetano, Be e Maitê, pessoas mais do que especiais pra mim. Esse post é de vocês.

Luz, câmera, LIÇÃO!