... E o Vento Ficou: os 75 anos de um clássico que revolucionou para sempre o cinema


Um clássico e uma crítica escrita a quatro mãos. Para o Claquete Dez, contamos com a preciosa (e luxuosa) participação do amigo Félix Rabassa, dos Gigantes do Rock. 
Nesse comentário,amigos seguidores, destacamos os 75 anos de ... E o Vento Levou. 



Um filme como ...E o Vento Levou jamais voltará a ser produzido por Hollywood. Apesar de todos os aparatos tecnológicos da atualidade, não há mais a mínima condição.
Luz, câmera, PAIXÃO! 

Em 1936, Margareth Mitchel lança o seu caudaloso romance e transforma-se no maior sucesso literário nos EUA .Vendeu em quatro meses mais de um milhão de exemplares !

David O. Selznick, um visionário de Hollywood não iria perder essa oportunidade. Assim partiu para um dos maiores projetos cinematográficos da história. Contrata três diretores: Sam Wood, George Cuckor e Victor Fleming, o diretor responsável pelo zoom de Atlanta com seus feridos espalhados no chão,Uma cena memorável...
 Assim como é memorável a cena da bela Scarlet O'Hara de Vivien Leigh dizendo que não mais sentirá fome novamente, após a família, devido à guerra, estar perdendo tudo. E a bonachona Nanny, sempre ajudando a belíssima patroa a ajustar as medidas no injusto espartilho. E a se ajustar aos reveses da vida. 
Com um elenco de primeira capitaneado pelo irascível Clark Gable, a linda e talentosa Vivien Leigh, apoiados pela piedosa Olívia de Havilland e Leslie Howard, não tinha como dar errado.
A trama histórica é perfeita. A Guerra de Secessão, a luta pela propriedade da família e o aventureiro Rhet Buttler (que acaba se rendendo ao amor da mimada Scarlet) vivido por  Gable explodiram pelo mundo afora. Considerando que o ano de estreia foi 1939,com os canhões da Segunda Guerra Mundial já rugindo na Europa.
Um filme como ... E o Vento Levou não é para ser comentado,mas sim para ser visto e revisto eternamente. Cada um de nós cinéfilos quanto mais avançamos no gosto pela sétima arte, mais somos obrigados a olhar para trás. 
Lá estão todas as respostas que precisamos para melhor compreender o cinema atual.  
Luz, câmera, AÇÃO!

Missão Impossível: trilha clássica de série é eternizada pelo cinema

Em mais um post da parceria entre o Claquete Dez e o Gigantes do Rock,
vamos destacar uma das séries de maior sucesso na televisão norte-americana: Missão Impossível. Série apresentada de 1966 até 1973 pela rede CBS, teve um componente decisivo durante toda sua trajetória: A TRILHA SONORA. Acompanhe conosco essa história maravilhosa. 
Luz, câmera, MISSÃO! 

Na série, o consagrado compositor Lalo Schifrin, juntamente com a equipe de produção, consegue um encantamento especial de um estopim queimando em cena enquanto, de fundo, roda a inesquecível música da série.

Essa imagem permanece até hoje na retina daqueles que acompanhavam o seriado. O tempo da cena e o sincronismo da trilha vão nos remeter para sempre ao "pan pan... pan pan pan...pan... pan pan pan... pan... pan pan pan...". A música dá o tom de suspense ao filme, a cada aventura vivenciada pelo espião. 

Incrível, não é? Então, agora a gente entende porque quando os Estúdios Paramount resolveram filmar Missão Impossível, o filme, apenas uma coisa foi clara e definitiva. Tudo giraria em torno da inesquecível trilha de Schifrin, apenas ganhando um ar mais atual, sendo remixada por Larry Mullen Jr. e Adam Clayton, do U2.

Um filme com orçamento relativamente baixo (algo em torno de US$ 80 milhões) com um retorno de bilheteria quase seis vezes maior, o que mostra que o filme foi um sucesso. Com a direção de ninguém menos que Brian De Palma e a produção de Paula Wagner e do próprio Tom Cruise, o mocinho do filme, o Missão impossível no cinema deriva um pouco do original na televisão. 

Na produção cinematográfica é dada uma ênfase, talvez exagerada, aos efeitos pirotécnicos e especiais, transmitindo ao espectador uma sensação de 'nonsense' e de realismo fantástico. No seriado da televisão as ações eram mais inteligentes e reflexivas, o sentimento passado era o de trabalho em equipe, onde a astúcia sobrepunha-se à ação, à pirotecnia e ao excesso de efeitos especiais.

Não dá para negar que Missão Impossível é uma peça do mais fino jazz contemporâneo, nessa primorosa execução de Lalo Schifrin, com a big band da BBC. Pode-se observar que a peça é um exercício raro de jam session muito bem ensaiado.

Com vocês, agora, a trilha sonora de Missão impossível...



E agora, para sua comparação, a versão remixada que foi para as telonas.




Luz, câmera, MISSÃO!




Amor e história: ingredientes essenciais do clássico Casablanca


PLAY IT AGAIN, SAM... “You must remember this”...

Quem não se lembra dessa linda melodia, tema do clássico em P&B da Warner Brothers, Casablanca?
O filme, de 1943, consagrou Ingrid Bergman e Humprey Bogart definitivamente, mas inseriu o filme como narrativa histórica (e romântica, evidentemente) dentre as películas imperdíveis a todo cinéfilo que se preze.

Caro seguidor, leia, na sequência ,mais um post da parceria entre o Claquete e os Gigantes do Rock.

Luz, câmera... PAIXÃO!

 
Uma história que poderia ter realmente acontecido no momento da II Guerra Mundial...
 O triunfo da máquina de guerra alemã, de 1939 até 1941 foi assustador, a Europa estava de joelhos. A Inglaterra bombardeada, a França ocupada, a presença alemã no norte da África estava transformando a guerra europeia em uma legítima guerra mundial. O acesso ao Mediterrâneo pelo estreito de Gibraltar era disputadíssimo pela marinha britânica e pelos submarinos alemães. Duas cidades da região, no início dos anos 40, fervilhavam de agentes secretos dos dois lados, Casablanca, no Marrocos e Lisboa, em Portugal.

Aí está a grande sacada dos estúdios Warner, do diretor Michael Curtiz e dos serviços de inteligência Aliados ao conceberem o filme CASABLANCA. A prova disso é que o lançamento do filme que aconteceria em 1943, foi antecipado para 1942.

Em um clima "dark" e surrealista, o diretor transfere o espectador para um clube noturno em Casablanca, cujo proprietário é um aventureiro norte-americano (e, curiosamente nesse momento, os Estados Unidos entram na guerra) que convive com agentes secretos nazistas, franceses e britânicos.

O Marrocos, na época, era um protetorado francês e o roteirista do filme, habilmente, usou um clima de intriga e disputa entre os serviços secretos francês, inglês e alemão para, praticamente dentro do clube noturno, transcorrer a mágica história do filme Casablanca.

Em atuação magistral, o "feio", porém charmosíssimo Humphrey Bogart e a linda Ingrid Bergmann formam o par romântico do filme em uma conturbada relação com um final emocionante.

O tema, um show à parte - O tempero ideal para essa trama foi criado pelo arranjador Max Steiner, que de maneira muito simples coloca a voz de Dooley Wilson e seu piano em uma interpretação magistral para cantar uma das maiores músicas da história do cinema, a maravilhosa "As time goes by".

Indicada para o Oscar de 1944, a música erdeu a estatueta de melhor trilha sonora para o filme "A Canção de Bernadette". Mas não mudou em nada. Essa música  é considerada uma obra-prima do cinema mundial, gravada e regravada, até hoje, pelas maiores vozes do cenário musical.

A frase "Play it again, Sam..." ficou marcada para sempre.


Cena do filme onde Ilsa (Ingrid Bergmann) pede para Sam (Dooley Wilson) tocar e cantar "As Time Goes By" em nome dos velhos tempos.



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O chegada do som ao cinema: tema do primeiro post da parceria Claquete-Gigantes do Rock


Saudações, amigos do Claquete dez!
Quem pode, hoje em dia, imaginar um filme sem uma boa trilha sonora? Impossível, não é?!

Luz, câmera, INSPIRAÇÃO!!


O som chega ao cinema através de uma produção musical... oscarizada!


A trilha, por vezes, é o que dá o tom à narrativa. Mexe com nossas emoções, faz rir, chorar, torcer pelo protagonista e recordar os melhores momentos mesmo quando, há muito, os créditos subiram...
Pois é justamente sobre essa questão que o blog traz uma novidade que vai agradar em cheio aos seguidores: a parceria com o Gigantes de Rock. Em comum entre mim e os queridos amigos Félix e Rafaela, que atuam no programa de rádio e blog que compõem o projeto Gigantes do Rock, está a paixão pelo cinema e pela boa música.
Vamos conhecer, amigos, a história da primeira música de cinema a receber um Oscar: o tema de "O cantor de jazz", estrelado em 1927 pelo grande Al Jonson (foto).

Al Jonson em "O Cantor de Jazz"

  
Em 1998, o American Film Institute reconheceu, definitivamente, o filme "O Cantor de Jazz" como uma das maiores obras-primas do cinema norte-americano de todos os tempos.

A maior contribuição desse trabalho para a história do cinema foi o advento do som sincronizado com a imagem (antes disso o cinema era mudo, frases eram projetadas na tela e alguns músicos - em especial pianistas - davam um fundo sonoro de acordo com a movimentação da cena).

É a história de um jovem judeu que sai de casa e se torna um cantor de sucesso, desafiando a própria família. Com a morte do pai, o artista abandona a brilhante carreira e retorna à sinagoga, cantando em cerimônias religiosas.

Lançado em 1927, para a realização dessa obra foi escolhido o cantor Al Jolson, vindo do Vaudeville (teatro de revista) e com uma carreira consolidada. Mas a sua consagração só veio após o lançamento do filme, por isso é impossível dissociar a imagem do ator Al Jolson  de "O Cantor de Jazz", já que esse foi o primeiro filme da história do cinema com uma trilha sonora oscarizada. 



Atente para o sincronismo da música com os movimentos labiais do cantor. Essa foi a grande revolução tecnológica da época.



"O Cantor de Jazz" revolucionou o cinema, mas também causou um efeito colateral danoso à indústria cinematográfica. Grandes atores e atrizes, de sucesso reconhecido, perderam o mercado de trabalho. Ou por não terem vozes "sonoras", ou por pura inadaptação ao novo sistema proposto (se mostraram verdadeiros canastrões, porque o que antes era apenas movimentação labial, se tornou arte dramática). Gene Kelly, no filme "Cantando na Chuva", mostra de maneira perfeita o período dessa transição do cinema mudo para o falado. 


Essa cena mostra exatamente os problemas decorrentes da chegada do som ao cinema. 


Os pianistas, saxofonistas, violonistas que sonorizavam os filmes também perderam seus empregos. Miríades de músicos animadores de salas de cinema vagavam desempregados pelas ruas dos Estados Unidos.

De "O Cantor de Jazz" para adiante, o cinema nunca mais foi o mesmo.  Agora, a trilha musical de um filme passava a ser preponderante. Um novo mercado surge com compositores, maestros, arranjadores, orquestras e músicos que iriam transformar para sempre a simbiose música e imagem que perdura até hoje. 



Ficha Técnica


Diretor: Alan Crosland
Elenco: Al Jolson, May McAvoy, Warner Oland, Eugénie Besserer, William Demarest, Otto Lederer, Cantor Josef Rosenblatt, Bobby Gordon.
Roteiro: Alfred A. Cohn, Jack Jarmuth
Fotografia: Hal Mohr
Trilha Sonora: Louis Silvers
Duração: 89 min.
Ano: 1927
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Preto e Branco
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Warner Bros.



Quando o real supera o inacreditável: a aventura da vida em "Argo"


Amigos do Claquete, saudações ainda em clima de Oscar.

"Soy contra" essa coisa de filme "já ganhou" e de apenas comentar os "campeões", mas o filme-post que trago hoje realmente mereceu a premiação recebida.
Eleito melhor filme no Oscar 2013, "Argo", dirigido por Ben Affleck e produzido por ele e George Clooney, conta uma história que nos "cola" na cadeira. A trama conta a história real de uma operação confidencial até o governo Clinton, promovida pela CIA em 1979 no tumultuado Irã do aiatolá Komeini. O cenário é o mais bombástico possível, no qual Komeini tomara o poder após o governo opressor do xá apoiado pelos EUA.
A embaixada americana em Teerã é invadida pela população ensandecida, que quer de volta ao país o tirano xá que está asilado (e supostamente morrendo de câncer) nos EUA para fazer justiça com as próprias mãos.
Na ocasião, cinquenta diplomatas são feitos reféns, mas seis conseguem escapar, destruindo a documentação que indicava sua presença no local. Refugiam-se às escondidas na embaixada canadense. É necessário tirá-los do Irã o mais rapidamente possível.
Juntos, o FBI e a CIA têm toda a sorte de ideias ruins para livrar os diplomatas da morte certa. É aí que entra em cena o agente Tony Mendez (Ben Affleck). Na carona dos blockbusters do cinema da época (como "O planeta dos macacos"), Mendez tem a ideia de "interpretar" um diretor hollywoodiano que rodará um filme de ficção científica (Argo) que se passa no Oriente Médio.
Ele ingressaria no país com o todo o aparato necessário (roteiro, desenho de cada cena e afins), e os diplomatas seriam os atores, cabendo a eles decorar as identidades para eles planejadas. Um plano arriscado, sem dúvida, mas a única chance possível a essas pessoas.
Para isso, Mendez conta com a inestimável ajuda do bastante corajoso (e sem nenhuma papa na língua) produtor Lester (Alan Arkin, engraçadíssimo) e do maquiador John (John Goodman). E da imprensa, é claro, na divulgação desse novo filme.
Um filme imperdível... uma incrível história absurdamente real. Me vi torcendo sozinha em frente à tela em vários momentos. E sei que você, seguidor (a), também vai se ver bem assim...
Segue o trailer de Argo: http://www.youtube.com/watch?v=zsxu8veHK04

Luz, câmera, PURA TENSÃO!

Oscar 2013: Argo e As Aventuras de Pi foram destaque


Aos amigos do Claquete dez, saudações pós-Oscar!

No post de hoje, vamos comentar a 85º edição do Oscar. Muito glamour, um apresentador chato de doer, o anúncio de melhor filme feito pela primeira-dama dos EUA, Michelle Obama e a vitória do novo contra o consagrado. Essas foram as marcas da festa. 


A cerimônia deste domingo à noite foi, para mim, surpreendente por várias razões. Muitos irão dizer que previsões, como a vitória de Daniel Day-Lewis como melhor ator por "Lincoln", já eram esperadas. Contudo, o fato de Ben Affleck (foto abaixo) ter sido o grande vencedor da noite por haver ganhado o maior prêmio da Academia (melhor filme), desbancando feras como Steven Spielberg, não estavam no script. 


O meu favorito, As aventuras de Pi (comentado aqui no Claquete dez na última semana), ganhou quatro estatuetas, sendo que o diretor Ang Lee foi agraciado com a categoria de melhor diretor. 

A expressão de (disfarçado) desapontamento do veteraníssimo Spielberg ao ser desbancado por Lee e depois por Affleck foi inequívoca: o bordão "já ganhou" nem sempre "cola". 

Outra surpresa foi a novata Jennifer Lawrence ter recebido o prêmio de melhor atriz. Aos 22 anos, ela deu um show de interpretação ao lado do igualmente jovem ator e diretor Bradley Cooper (também indicado a melhor ator), desbancando a favorita Emanuelle Riva (pelo dramático e a meu ver, angustiante Amour) e a graciosa Quvezhané Wallis por Indomável sonhadora Wallis, nove anos, e Riva, 86, comemorados ontem, eram a mais nova e a mais velha candidata ao Oscar de melhor atriz, respectivamente.


A música foi um show à parte. Catherine Zeta-Jones e o elenco de Chicago (2003), nos levaram novamente à instigante trama do musical. A linda Anne Hathaway, vencedora da categoria de melhor atriz coadjuvante por "Os miseráveis", acompanhada do grande elenco (em especial Hugh Jackman e Amanda Seyfried) de Tom Hopper, levou o público às lágrimas. E Adele, na execução da canção vencedora, Skyfall, foi esplêndida.


Vale lembrar como exemplo a humildade, carinho e gratidão do diretor e roteirista Quentin Tarantino, ao ser premiado na categoria de melhor roteiro original por Django Livre. 


Listamos, abaixo, amigo (a) seguidor (a), os vencedores em todas as categorias. Dedico esse post a todos que amam cinema!!



Vencedores da 85ª edição do Oscar:


  • Ator Coadjuvante: Christoph Waltz (Django Livre)
  • Atriz Coadjuvante: Anne Hathaway (Os Miseráveis)
  • Curta de Animação: Paperman
  • Filme de Animação: Valente
  • Fotografia: As Aventuras de Pi
  • Efeitos Visuais: As Aventuras de Pi
  • Figurino: Anna Karenina
  • Maquiagem e Cabelo: Os Miseráveis
  • Melhor curta-metragem: Curfew
  • Documentário e curta-metragem: Inocente
  • Documentário em longa metragem: Searching for Sugar Man
  • Melhor filme estrangeiro: Amor
  • Edição de Som: 007 – Operação Skyfall e  A hora mais escura
  • Melhor montagem: Argo (Ben Affleck)
  • Mixagem de Som: Os miseráveis
  • Direção de arte: Lincoln
  • Trilha sonora original: As aventuras de Pi
  • Canção original: Adele / 007 - Operação Skyfall
  • Melhor roteiro adaptado: Argo
  • Melhor roteiro original: Django Livre
  • Melhor diretor: Ang Lee - As aventuras de Pi
  • Melhor atriz: Jennifer Lawrence (O lado bom da vida)
  • Melhor ator: Daniel Day-Lewis (Lincoln)
  • Melhor filme: Argo

FONTE (LISTAGEM): http://acritica.uol.com.br/vida/Veja-lista-indicados-vencedores-Oscar_0_871712867.htmlhttp://acritica.uol.com.br/vida/Veja-lista-indicados-vencedores-Oscar_0_871712867.html







Fé, razão e amizade são as tônicas de "As aventuras de Pi"


Olá, amigos do Claquete dez! 

É maravilhoso estar de volta! Esse período de ausência do blog me deixou com saudades... 
Mas o Claquete volta hoje à ativa com um filme que está concorrendo a premiações no Oscar 2013. Também é um dos filmes mais incríveis que já vi: As aventuras de Pi (Life of Pi, 2012). 
Sob direção do consagrado Ang Lee, a trama baseia-se no livro homônimo de Yann Martel. Conta a história de Piscine Molitor Patel, nome pomposo que rendeu a nosso protagonista maus bocados no colégio. Dono de uma inteligência perspicaz, Pi resolve, certo dia, associar seu nome ao número de mesmo nome (3,14), tornando-se uma lenda da matemática entre os colegas. 
A toda essa sequência, ficamos sabendo quando Pi "revira" o baú de suas memórias ao ser visitado por um escritor canadense, para o qual conta sua história e o desafia a crer em Deus. 
E adentramos à memória de nosso protagonista... 
Filho de uma bióloga e do dono de um Zoológico de Pondicherry, região francesa da Índia, Pi Patel é um garoto questionador. Busca no cristianismo, no islamismo e no hinduísmo sua conexão com o divino. É compelido pelo pai, no entanto, a conhecer o pensamento racional antes de tudo. Acompanhamos passo a passo a busca de Pi por essa ligação com Deus, as conversas com o pai sobre manter-se racional ante o etéreo. O vemos apaixonar-se pela primeira vez. 
Mas o negócio do pai está indo mal e ele resolve transferir-se com a família (e os animais do Zoo) para o Canadá. Contudo, com a tragédia que se abate sobre o cargueiro japonês em que viajam, Pi tem sua vida inteiramente transformada. 
E se vê, de uma hora para a outra, sozinho no mundo. Tem apenas um bote que divide com o terrível tigre-de-bengala de jeito imponente e nome de gente: Richard Parker. 
Como sobreviver? O que fazer? Onde está Deus diante dessa tristeza? São perguntas que Pi se faz o tempo todo. 
A Parker, indomável, será necessário "dobrar". Por vezes lhe deseja a morte, mas seu caráter e seu coração não permitem deixar a fera morrer quando cai na água em busca de alimento. Vemos nascer, aí, uma história de verdadeira lealdade, em que a amizade, a firmeza e a fé conferem a Pi uma importante lição de vida, para a qual Richard Parker será indispensável.
E é aqui, amigo (a) seguidor (a), que a história começa... Cenas belíssimas e comoventes, texto primoroso e  roteiro perfeito fazem de As aventuras de Pi uma trama imperdível. 

Luz, câmera, PAIXÃO!

Esse post dedico especialmente à minha amiga Maite, com quem tanto aprendo. Segue o trailer.

http://www.youtube.com/watch?v=h5nJkpEvNjE