Saudações, amigos do Claquete Dez!
Quem de nós nunca teve um sonho do qual não queria acordar?
De outro modo, quem nunca teve um pesadelo de que não via a hora de se ver livre e despertou aliviado pela manhã?
Essas duas questões vieram à minha mente ao assistir ao recente A origem (The inception, 2010), que tive a oportunidade de ver no cinema há alguns dias. Tendo Leonardo Di Capprio no papel principal, o filme conta com a direção de Christopher Nolan (do último Batman). De longe, um dos filmes mais inteligentes e complexos que já vi.
O atormentado Don Cobb (Di Capprio, em atuação madura e irrepreensível) é um espião que tem o difícil ofício de "invadir" o sonho das outras pessoas, com a finalidade de descobrir senhas e demais segredos. Traumatizado pela recente morte da mulher Mall (Marion Cottilard), da qual é acusado, Cobb está agoniado para ver os filhos, que ficaram com seus pais.
Suas lembranças não o abandonam nem durante o trabalho. Com Mall, ele criara um mundo na "Terra de Morfeu", ou seja, no lugar em que ambos iam ao adormecer na realidade em que vivemos.
Desesperado com a possibilidade de nunca mais tornar a ver seus filhos, aceita a proposta do empresário Saito (Ken Watanabe). Recebe dele a tarefa inédita de inserir na mente Fischer (Cillian Murphy), filho de seu principal concorrente, um milionário do setor elétrico americano, uma perigosa ideia. Ao final, poderá voltar a ver seus filhos, se tudo correr bem.
Inicia a missão com a ajuda de seu pai (interpretado pelo maravilhoso Michael Caine, que sempre atua nas produções de Nolan) e dos amigos e especialistas em sonhos Ariadne, Arthur e outros. Cada um deles apresenta uma habilidade diferente. Um se passa por qualquer pessoa nos sonhos. Outro tem a missão de acordar os colegas de equipe com o que chama de "chute".
Durante a viagem em direção à mente de Fischer, quatro dimensões de sonho são conhecidas por Cobb e sua equipe. Um sonho dentro do outro, um universo mais louco a cada nível, em que os espiões buscam inserir na mente do jovem.
O que eles não sabem é que Fischer talvez não seja despreparado assim quando o assunto é invasão da mente.
O filme guarda incrível semelhança com a trilogia Matrix.
Fantasias, divagações, tiros e sonhos à parte, o que fica de mais forte, nessa trama, é a sede que todos temos de experimentar, no mundo "real", bons momentos ao lado daqueles que amamos. É o que move Cobb durante toda a história. É o que nos move também.
Por isso, escolhi esse filme, bem diferente dos já comentados aqui no blog, para dividir com vocês.
O abraço do Claquete Dez hoje vai para Cirta, Jhonny, Clau e família, Be e Fernando.
Luz, câmera, ILUSÃO.
