Se a vida fosse uma música...


Saudações, amigos e seguidores do Claquete Dez!

Há quem diga que a cada bom momento de nossas vidas, corresponde uma trilha sonora. Se a nossa vida fosse uma música, esta tocaria para sempre nos corações de quem amamos.

No caso do protagonista do filme-post de hoje, a música (e o mar) é a razão de viver. Estou falando de A lenda do pianista do mar (La leggenda del pianista del mare). A trama, de Giuseppe Tornatore, é de 1999, mas, ao mesmo tempo, é eterna.


Assisti a esse filme há muito tempo, mas a todos com quem converso sobre cinema o menciono. É uma das mais belas histórias que já tive oportunidade de conhecer.
O boa-praça Danny Boodmann (interpretado por Bill Nunn), é responsável pelo compartimento de carvão do Virginian, um luxuoso transatlântico. Na noite do revéillon de 1900, Danny encontra um bebê abandonado em uma cabine de primeira classe. Sensibilizado, decide criar o garoto escondido nos porões do navio. O batiza de Danny Boodmann T.D. Lemon Mil Novecentos, mas, com o tempo, o menino fica conhecido apenas como 1900.

1900 cresce saudável e feliz. Aos poucos, habitua-se às intempéries, à inconstância e à beleza do mar, que exerce sobre ele um encanto sem igual. No navio, 1900 tem momentos ternos e alegres, mas também vivencia perdas e dores.
Ao longo do filme, o protagonista, na fase adulta interpretado por Tim Roth (da série Lie to me, que adoro!) nos encanta por sua sensibilidade e inteligência.

30 anos se passam. O inesperado talento que 1900 manifesta ao piano chama a atenção de um grande nome do jazz, Jelly Roll Morton (que foi chamado de o pai do jazz). O músico sobe a bordo do Virginian com o objetivo de desafiar 1900 em um duelo musical.

Indiferente ao seu talento e à comoção que causa ao tocar para mais de duas mil pessoas no transatlântico, 1900 é aficcionado pelos mistérios do oceano. O navio é sua casa, sua proteção, seu mundo. A música e o mar são parte integrante de sua alma.


A apresentação é gravada e levada para a “cidade grande”. Lá, um velho trompetista, Max, perturba-se ao ouvir o som produzido por 1900 ao piano e decide, de algum modo, encontrá-lo.

A sorte de 1900 está prestes a mudar quando, após muitos anos no mar, o transatlântico Virginian será implodido.

O que será dele? Se tornará um artista famoso? Ou será para sempre um sonhador, que apesar de seu enorme talento, decide viver próximo ao mundo em que nasceu e do qual jamais saiu?

Assistam ao filme... certamente, conhecer essa história será uma boa experiência, quem sabe, algo inesquecível. Assim como o é, para mim, essa trama de Tornatore.

Abraços cinéfilos e especiais ao Be (obrigada por tudo), à querida família de Cláudia, Caetano e Guto e aos amigos, que, como eu, apreciam boas histórias: Davi, Julia e Fernando.

3 Response to "Se a vida fosse uma música..."

  1. Northon says:
    14 de julho de 2010 às 06:20

    Bravo!!! Bravissimo!!!!

  2. Petter Says:
    2 de fevereiro de 2011 às 13:00

    Sem palavras! Vou tentar descrever a história deste filme da seguinte maneira: admiração, amizade, lealdade, talento, dom divino, amor, objetivo, opinião formada, humildade... Realmente uma lenda!!!!!!

  3. Anônimo Says:
    27 de março de 2011 às 07:03

    É impressionante como você resumiu o filme! Praticamente contou-o todo! rsrsrs
    Porém, eu tenho uma correção para fazer:
    O personagem Danny Boodmann não encontrou o bebê (1900) em uma cabine de primeira classe, e sim encima do piano de caldas localizado no salão de bailes do navio... E não foi na noite de réveillon, foi no dia seguinte, com o salão vazio...

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