O primeiro poder: o Jornalismo na berlinda em "O quarto poder"

Olá amigos do Claquete Dez!


As notícias são sempre tomadas como um discurso de verdade. Se um meio de comunicação, em especial a TV, está transmitindo algo, é hora de ver, pois está de fato acontecendo. A verdade.

Essa é a tônica do Jornalismo, ciência a qual abracei há alguns anos, e que tem, como missão, informar e divulgar fatos. Mas é justamente esse o princípio colocado em cheque no filme-post de hoje. O quarto poder (Mad City), dirigido por Costa-Gavras.

Feito nos idos de 2000, o filme fala da dualidade entre a necessidade de divulgar o furo jornalístico e a fidelidade ao real. Pode erguer e derrubar personalidades. Servir ao bem comum ou limitar-se por conta de interesses que estão além da informação. Que uma mesma imagem pode ter uma série de interpretações e significados.

Tudo começa quando o repórter (sensacionalista) Max Brackett (Dustin Hoffmann, excelente como sempre) vai ao museu da bucólica Madeline, sucursal da emissora de TV em que atua, para executar uma "pauta de gaveta". Ou seja, aquela matéria que poderia muito bem esperar para amanhã.

A entrevista com a diretora do museu segue morna. Até o momento em que um ex-vigilante do local, Sam Baily, vivido por John Travolta (alô terceira fase de Jornalismo!), chega ao local armado para reaver seu emprego. Ingênuo e desesperado, acaba disparando a arma sem querer, acertando um funcionário.
Para piorar sua situação, o museu estava, àquele momento, sendo visitado por uma turma do ensino fundamental. Todos, a partir dali, são reféns "acidentais".

Começa aí o espetáculo. Max, refém do atormentado Sam, passa, sob a desculpa de ajudá-lo a "ganhar a confiança da opinião pública", passa a dizer tudo o que ele deve fazer. A intenção do repórter, porém, é brilhar, é ser a estrela, o herói daquela situação.

Todo o país, devido ao "bombástico" acontecimento, volta seu olhar para o museu. Quem é Sam, afinal, perguntam os repórteres?

A situação foge de controle. As emissoras passam a dar boletins ao vivo do lugar.

Programas de entretenimento, humor e os talk shows começam a entrevistar o "sequestrador por acaso". A família dele é entrevistada. Sua imagem, associada às mais diferentes problemáticas: pobreza, revolta, desequilíbrio emocional e econômico e até racismo (já que o homem em quem ele atirara sem querer era negro).

Um verdadeiro circo é montado em torno da situação. Tanto que, da sucursal de Nova York, o âncora Kevin Hollander (Alan Alda), inimigo mortal de Max Brackett, é mandado para cobrir o fato, que, pela repercussão, é divulgado em todo o país. Brackett, antes interessado somente em se promover, começa a repensar sua postura.

O filme em muito se assemelha com o que muitos programas sensacionalistas que a televisão (e outras mídias) nos repassam todos os dias. O que está em voga? A verdade, a ética ou a elevação da audiência?

É a pergunta que o filme, e o Claquete, deixam no ar.

O abraço especial do Claquete Dez, hoje, vai para o Guilherme, pessoa amiga e que sempre me incentiva a ir além. Gui, esse post é pra vc.

Clau, Be (amooo!), Fernando, Líz, Vanessa, Laura e Jhonny, abraços claquéticos a vcs também.

Luz, câmera... INFORMAÇÃO.


























3 Response to "O primeiro poder: o Jornalismo na berlinda em "O quarto poder""

  1. Elizangela says:
    7 de dezembro de 2010 às 10:04

    Esse filme é ótimo. Meu fime jornalístico preferido =D

  2. Elizangela says:
    7 de dezembro de 2010 às 10:05

    filme rsrs

  3. Unknown says:
    9 de dezembro de 2010 às 15:54

    O meu também, Líz, beijos!!

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