Superação e uma amizade histórica dão o tom a'O discurso do rei


Olá amigos do Claquete Dez!


Neste sábado pré-Oscar 2011, fui assistir ao filme mais cotado à estatueta de a melhor produção: O Discurso do Rei (The King's Speech, 2010). Dirigido por Tom Hopper, o filme, rodado na Inglaterra por motivos óbvios, tem, no adjetivo esplêndido, tantas vezes repetido na trama, a melhor definição.

Trata-se da história real de dois amigos, Bertie e Lionel, que se passa em 1934. Até aí, mais uma bela história de amizade, não fosse o contexto histórico em que a mesma se insere.

Bertie (Colin Firth) é o duque de York, coroado rei, após a morte de seu pai, o rei George V e a abdicação do trono por seu irmão, David (Guy Pearce). Este se apaixonou e casou-se com uma americana divorciada. Tudo estaria perfeito, não fosse o pânico que o novo rei experimenta ao falar em público. Desde os quatro anos de idade, Bertie, prestes a se tornar rei, é gago, o que, para um rei, convenhamos, é uma situação das mais constrangedoras.

A essa altura, caro amigo seguidor, você deve estar se perguntando: e o que a amizade entre o rei e o terapeuta Lionel tem a ver com isso? A amizade do nobre Bertie (Rei George VI, pai da rainha Elizabeth) e do controverso Lionel Logue (Geoffrey Rush, cuja atuação é, ao mesmo tempo, engraçada e emocionante) começa com um contato feito pela esposa de Bertie, a duqueza Elizabeth (Helena Bonham-Carter), com o terapeuta da fala, após inúmeras tentativas fracassadas do novo rei em vencer a gagueira.

Lionel, um profissional totalmente anti-convencional, pede ao rei que o veja e o trate de forma igualitária. Nas sessões terapêuticas, faz Bertie cantar, expirar e inspirar, ler em voz alta, exercitar-se e encarar seu medo de falar em público mais e mais a cada dia. O faz, sobretudo, falar de si mesmo e do que o aflige.

Vence, com paciência, as resistências do novo rei em enfrentar seus temores. Cria situações e desenvolve "macetes" para Bertie falar em público. Ajuda-o, sobretudo, a comunicar uma importante (e grave) notícia, logo após a coroação: a Segunda Guerra Mundial, na qual a Grã-Bretanha está, publicamente, se opondo à Alemanha de Hitler.

Dessa produção, tirei duas lições. Primeira: concluí o quanto a realeza, aparentemente perfeita, é dura e implacável ante as limitações que, sendo nobres ou plebeus, todos temos.
Concluí, ainda, que gostamos de estar próximos e admiramos aquelas pessoas que nos fazem perceber o que há de melhor em nós. Assim como o fascinante Lionel faz, transformando seu amigo Bertie em um verdadeiro rei.

Dedico esse post a todos que me fazem ver o que há de melhor em mim (amigos, alunos e familiares). Em especial à Clau e sua linda família, Be e Fernando.
Luz, câmera, REALIZAÇÃO!

4 Response to "Superação e uma amizade histórica dão o tom a'O discurso do rei"

  1. Líz says:
    26 de fevereiro de 2011 às 18:30

    Vi uma reportagem sobre o filme no Jornal Hoje e fiquei muito curiosa pra ver. Não sabia que se tratava de uma história real e muito menos que era sobre um rei gago rsrs. =D

  2. Anônimo Says:
    26 de fevereiro de 2011 às 18:39

    Parabéns pelo blog Marília. Posts muito bem escritos. Grande beijo. Rá.

  3. Marília K. says:
    26 de fevereiro de 2011 às 22:13

    Líz e Rá, meus queridos!

    Que prazer em vê-los por aqui.
    Cada post do Claquete é feito com carinho e com a satisfação de quem, dia a dia, vive um caso de amor com o cinema.

    Obrigada e voltem sempre ao Claquete Dez!

  4. Northon says:
    2 de março de 2011 às 10:48

    Siiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmm..... é importante termos perto de nós quem nos faz bem e transforma nossas vidas... excelente post para uma excelente produção! Te amo

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